Além da infeliz causa do estupro também vivemos em uma realidade de quase mesmo tema, a violência domestica também é um ato a ser anulado em nossa sociedade. Então hoe também falaremos um pouco sobre o mesmo!
Violência
Doméstica
A violência doméstica abarca
comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das partes, sobretudo
para controlar a outra.
As pessoas envolvidas podem ser casadas
ou não, ser do mesmo sexo ou não, viver juntas, separadas ou namorar.
Todos podemos ser vítimas de violência
doméstica.
As vítimas podem ser ricas ou pobres,
de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico, orientação sexual,
formação ou estado civil.
Tipos de Violência
A VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA ENGLOBA DIFERENTES TIPOS DE ABUSO, TAIS COMO:
- violência
emocional: qualquer comportamento do(a) companheiro(a) que
visa fazer o outro sentir medo ou inútil. Usualmente inclui comportamentos
como: ameaçar os filhos; magoar os animais de estimação; humilhar o outro
na presença de amigos, familiares ou em público, entre outros.
- violência
social: qualquer comportamento que intenta controlar a
vida social do(a) companheiro(a), através de, por exemplo, impedir que este(a)
visite familiares ou amigos, cortar o telefone ou controlar as chamadas e
as contas telefónicas, trancar o outro em casa.
- violência
física: qualquer forma de violência física que um
agressor(a) inflige ao companheiro(a). Pode traduzir-se em comportamentos
como: esmurrar, pontapear, estrangular, queimar, induzir ou impedir que
o(a) companheiro(a) obtenha medicação ou tratamentos.
- violência
sexual:
qualquer comportamento em que o(a) companheiro(a) força o outro a
protagonizar actos sexuais que não deseja. Alguns exemplos: pressionar ou
forçar o companheiro para ter relações sexuais quando este não quer;
pressionar, forçar ou tentar que o(a) companheiro(a) mantenha relações
sexuais desprotegidas; forçar o outro a ter relações com outras pessoas.
- violência
financeira:
qualquer comportamento que intente controlar o dinheiro do(a)
companheiro(a) sem que este o deseje. Alguns destes comportamentos podem
ser: controlar o ordenado do outro; recusar dar dinheiro ao outro ou
forçá-lo a justificar qualquer gasto; ameaçar retirar o apoio financeiro
como forma de controlo.
- perseguição: qualquer comportamento que
visa intimidar ou atemorizar o outro. Por exemplo: seguir o(a)
companheiro(a) para o seu local de trabalho ou quando este(a) sai
sozinho(a); controlar constantemente os movimentos do outro, quer esteja
ou não em casa.
O Ciclo da Violência Doméstica
A violência doméstica funciona como um sistema
circular – o chamado Ciclo da Violência Doméstica – que
apresenta, regra geral, três fases:
1. aumento de tensão: as tensões
acumuladas no quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo agressor,
criam, na vítima, uma sensação de perigo eminente.
2. ataque violento: o agressor
maltrata física e psicológicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a escalar
na sua frequência e intensidade.
3. lua-de-mel: o agressor
envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando-se pelas agressões e
prometendo mudar (nunca mais voltará a exercer violência).
Este ciclo caracteriza-se pela sua continuidade
no tempo, isto é, pela sua repetição sucessiva ao longo de meses ou anos,
podendo ser cada vez menores as fases da tensão e de apaziguamento e cada vez
mais intensa a fase do ataque violento. Usualmente este padrão de interacção
termina onde antes começou. Em situações limite, o culminar destes episódios
poderá ser o homicídio.
As mulheres
A violência contra as mulheres é um fenómeno
complexo e multidimensional, que atravessa classes sociais, idades e regiões, e
tem contado com reacções de não reacção e passividade por parte das mulheres,
colocando-as na procura de soluções informais e/ou conformistas, tendo sido
muita a relutância em levar este tipo de conflitos para o espaço público, onde
durante muito tempo foram silenciados.
A reacção de cada mulher à sua situação de
vitimação é única. Estas reacções devem ser encaradas como mecanismos de
sobrevivência psicológica que, cada uma, acciona de maneira diferente para
suportar a vitimação.
Muitas mulheres não consideram os maus-tratos a que são sujeitas, o sequestro, o dano, a injúria, a difamação ou a coacção sexual e a violação por parte dos cônjuges ou companheiros como crimes.
As mulheres encontram-se, na maior parte dos casos, em situações de violência doméstica pelo domínio e controlo que os seus agressores exercem sobre elas através de variadíssimos mecanismos, tais como: isolamento relacional; o exercício de violência física e psicológica; a intimidação; o domínio económico, entre outros.
A violência doméstica não pode ser vista como um
destino que a mulher tem que aceitar passivamente. O destino sobre a sua
própria vida pertence-lhe, deve ser ela a decidi-lo, sem ter que aceitar
resignadamente a violência que não a realiza enquanto pessoa.
As crianças
As crianças podem ser consideradas vítimas de
violência doméstica como:
- testemunhas
de violência doméstica: Tal inclui presenciar ou ouvir os abusos
infligidos sobre a vítima, ver os sinais físicos depois de episódios de
violência ou testemunhar as consequências desta violência na pessoa
abusada;
- instrumentos
de abuso: Um
pai ou mãe agressor pode utilizar os filhos como uma forma de abuso e
controlo;
- vítimas
de abuso: As
crianças podem ser física e/ou emocionalmente abusadas pelo agressor (ou
mesmo, em alguns casos, pela própria vítima).
Os homens
Apesar de as mulheres sofrerem maiores taxas de
violência doméstica, os homens também são vítimas deste crime. As mulheres
também cometem frequentemente violência doméstica, e não o fazem apenas em
auto-defesa.
Os homens vítimas de violência doméstica
experimentam comportamentos de controlo, são alvo de agressões físicas (em
muitos casos com consequências físicas graves) e psicológicas, bem como também
estes receiam abandonar relações abusivas. O medo e a vergonha são, para estas
vítimas, a principal barreira para fazer um primeiro pedido de ajuda. Estes
homens receiam ser desacreditados e humilhados por terceiros (familiares,
amigos e até mesmo instituições judiciárias e policiais) se decidirem denunciar
a sua vitimação.
Em uma pesquisa parcial a opinião popular, fizemos e coletamos alguns dados para analisar:
Apresentação dos resultados
Apenas 19,6% das entrevistadas acham que as leis brasileiras existentes já protegem as mulheres, mesmo que seja de forma parcial, a grande maioria das mulheres (80,3%) considera que essas leis não estão fazendo o impacto que deveria ser, muitas apenas deram posição de que o nosso país precisa implantar melhor o sistema de defesa em nossa sociedade.
Em uma pesquisa parcial a opinião popular, fizemos e coletamos alguns dados para analisar:
Apresentação dos resultados
Apenas 19,6% das entrevistadas acham que as leis brasileiras existentes já protegem as mulheres, mesmo que seja de forma parcial, a grande maioria das mulheres (80,3%) considera que essas leis não estão fazendo o impacto que deveria ser, muitas apenas deram posição de que o nosso país precisa implantar melhor o sistema de defesa em nossa sociedade.
É praticamente um consenso entre as mulheres entrevistadas de que quando
se fala de respeito, a mulher não tem o mesmo status que o homem. Quando
questionadas sobre o respeito de forma não comparativa, 20% das mulheres
avaliam que o tratamento que recebem é de alguma forma respeitoso. No
entanto, ao compararem o tratamento que recebem com o tratamento
dispensado aos homens, 78,6% das mulheres afirmam que recebem um
tratamento desigual.
Menos de um terço das mulheres entrevistadas (17,9%) afirmaram que a violência sexual é
a forma mais grave de violência doméstica, seguida pela violência que afetam sua moral (10,7%).
Mas é notável que a maioria delas, não quiseram identificar o tipo de violências e que não
deixam aparentar de como é o sentimo de opressão de situações vividas, como foi o caso no gráfico que mostra as preferiram deixar "sem resposta"(66,1%) e vemos que a violência psicológica (6,9%) é pouco afetado.
18% das mulheres entrevistadas declararam já ter sofrido algum tipo de
violência doméstica em suas vidas. Deste total, mais da metade (76%)
afirmaram não ter sofrido violência alguma, seguida pela preferência de não comentar sobre o assunto (6%).
Em relação à atitude da mulher após a agressão, algumas das entrevistadas
responderam que foram procurar ajuda da família e outras se dirigiram à
delegacia, sendo que deste total, minoria procuraram especificamente a delegacia
da mulher.